Quem nunca temeu a própria morte?
Brás Cubas não só temeu a morte, como também escreveu sua
vida após sua passagem. Assim como escrevemos diários de nossas vidas, ele
escreveu sobre a vida dele. Na obra de Machado de Assis, o autor busca nos
mostrar algumas características da época em que a história é narrada, não deixando
de fazer parte das memórias, a Cidade Maravilhosa.
Em Memórias póstumas de Brás Cubas, podemos ver que
apesar de termos progredido muito, ainda ficamos presos a algumas memórias da
época desta história.
O personagem
principal dessa obra é Brás Cubas, um deputado por escolha e por vontade de seu
pai, que vive a vida livremente, sem esposa, sem filhos e com certa dama,
chamada Vírgilia, casada com Lobo Neves, que se fazia de amante dele, mas que
nunca fora mais do que um desejo passageiro. Apesar das tentativas de todos a seu
redor, Brás Cubas nunca teve a quem de fato amar. Contudo, na humilde opinião
de uma jovem leitora e pouco conhecedora da vida e do período a ser vivido,
acreditasse que, se Cubas tivesse dado uma oportunidade a bela e formosa,
Eugênia, uma jovem pela qual se interessara hoje teria uma bela história,
certamente o enredo seria outro, mas, dá uma pena da jovem, que tinha tudo para
virar mulher de deputado, mas que tinha apenas um defeito, ser manca.
Essa atitude de rejeição remete aos tempos de hoje,
muitas vezes deixamos de seguir determinados caminhos, pelo medo da impressão
dos demais; preocupamos-nos mais com o exterior do que com o interior e muitas
vezes acabamos perdendo a oportunidade de conhecer novos ares. No entanto, não
podemos dizer que Brás Cubas, se arrepende de ter feito as escolhas que fez, ou
se tudo a ser contado são apenas memórias.
O melhor amigo de Cubas, Quincas Borges, apesar de ter
cometido muitos erros em sua vida, no fundo tinha um coração bom, ajudou o
amigo em sua velhice até sua morte.
Uma característica percebida, nos livros literários é que
quase sempre o principal personagem sempre vai para fora estudar, assim, também
foi Brás Cubas a Coimbra, Portugal se formar em direito. Este teve sorte de ter
nascido em berço de ouro, e ter tido o privilégio de ter uma bela formação.
Todavia, não há grandes feitos nesse conto, é uma
história vivida, e contada como um diário escrito por uma criança, onde há
apenas fatos e não mudanças no cenário histórico e nas pessoas ao redor, dessa
forma não há realizações.
Por: Stephanie Souza, 30